Um filme
que mistura humor, com indignação, crítica social e realidade atual. Há muito
tempo não via um filme que misturasse tantas coisas, sem ser confuso e mantendo
uma absurda coerência.
O contexto é
dois mil e quatorze, misteriosamente uma figura se intitulando Hitler, surge na
Alemanha. Com carisma, conquista milhares de pessoas as tornando suas admiradoras,
utilizando um discurso de critica política e combate a corrupção do país.
O
personagem é carismático e mesmo com a população considerando sua atuação um
quadro de humor, rapidamente são cativados por suas ideias.
É
interessante como a população aceita com facilidade um discurso fascista, não é
surpreendente, ainda mais no contexto brasileiro atual, mas é interessante, que
não se precise mentir a respeito do fascismo. Se um político pretende promover
o fascismo, não precisa escolher meias palavras, nem esconder seus objetivos,
pois seu discurso fascista cativa o fascista existente dentro de cada ser
humano.
O filme
segue em um tom humorístico, mesmo em cenas que deveriam ser muito impactantes,
isso faz com que ao assistir, sinta-se uma mistura de vontade de rir, chorar e
vomitar. Não sei se todos que o assistem passam por essa experiência, mas a
mim, que estudei muito a respeito do nazismo e presencio uma situação política contemporânea
preocupante, me causou um enorme misto de sensações. Fica ainda mais claro e
evidente para mim, que o fascismo não é produzido a força nos que o apoiam, ele
é uma conquista, quem é contrario a ele, luta, mas quem apoia, não foi forçado
a apoiar o fascismo, apenas encontrou na boca de outro, as palavras da própria revolta.
A pequenas doses, se convence a população, que em nome de uma nação se pode
fazer o necessário, de inicio, apenas gritar, depois torturar, matar... E tudo
segue em um clima de humor e naturalidade, como se o fascismo fosse uma forma
de vida comum e não um crime contra a humanidade.
Um
excelente filme, mas uma triste realidade.
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