quarta-feira, 10 de outubro de 2018

CRITICA AO FILME ELE ESTÁ DE VOLTA


         Um filme que mistura humor, com indignação, crítica social e realidade atual. Há muito tempo não via um filme que misturasse tantas coisas, sem ser confuso e mantendo uma absurda coerência.
          O contexto é dois mil e quatorze, misteriosamente uma figura se intitulando Hitler, surge na Alemanha. Com carisma, conquista milhares de pessoas as tornando suas admiradoras, utilizando um discurso de critica política e combate a corrupção do país.
    O personagem é carismático e mesmo com a população considerando sua atuação um quadro de humor, rapidamente são cativados por suas ideias.
        É interessante como a população aceita com facilidade um discurso fascista, não é surpreendente, ainda mais no contexto brasileiro atual, mas é interessante, que não se precise mentir a respeito do fascismo. Se um político pretende promover o fascismo, não precisa escolher meias palavras, nem esconder seus objetivos, pois seu discurso fascista cativa o fascista existente dentro de cada ser humano.
          O filme segue em um tom humorístico, mesmo em cenas que deveriam ser muito impactantes, isso faz com que ao assistir, sinta-se uma mistura de vontade de rir, chorar e vomitar. Não sei se todos que o assistem passam por essa experiência, mas a mim, que estudei muito a respeito do nazismo e presencio uma situação política contemporânea preocupante, me causou um enorme misto de sensações. Fica ainda mais claro e evidente para mim, que o fascismo não é produzido a força nos que o apoiam, ele é uma conquista, quem é contrario a ele, luta, mas quem apoia, não foi forçado a apoiar o fascismo, apenas encontrou na boca de outro, as palavras da própria revolta. A pequenas doses, se convence a população, que em nome de uma nação se pode fazer o necessário, de inicio, apenas gritar, depois torturar, matar... E tudo segue em um clima de humor e naturalidade, como se o fascismo fosse uma forma de vida comum e não um crime contra a humanidade.
           Um excelente filme, mas uma triste realidade.

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